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Moedas: dólar oscila ante outras divisas fortes, e iene fica sob pressão

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Estadão Conteúdos

O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas fortes, oscilou entre altas e baixas nesta sexta-feira, 15. Investidores monitoraram dados dos Estados Unidos e balanços corporativos, que em geral agradaram. O maior apetite por risco deixou ainda o iene sob pressão, nas mínimas em três anos.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 114,21 ienes, o euro avançava a US$ 1,1607 e a libra tinha alta a US$ 1,3746. O índice DXY recuou 0,02%, a 93,937 pontos. Na comparação semanal, o DXY caiu 0,14%.

O DXY recuava no início do dia, mas no fim da manhã exibia ganho modesto, com indicadores no radar. As vendas no varejo dos EUA contrariam a previsão de queda e avançaram 0,7% em setembro ante agosto. Já o índice de sentimento do consumidor no país elaborado pela Universidade de Michigan recuou a 71,4 na preliminar de outubro, ante expectativa de alta a 73,0. Após o dado de sentimento, o DXY chegou a exibir modesta perda de fôlego, em movimento pontual.

A Capital Economics afirma em relatório que o dólar mostrava viés de baixa ante a maioria das moedas hoje, diante do maior apetite por risco em geral. A consultoria comenta que isso pode surpreender um pouco, após o dado de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) mais forte que o esperado. Para a Capital, porém, os números da inflação se somam a evidências de que as pressões sobre os preços seguem fortes no país, o que tenderá a levar para cima os retornos dos Treasuries e o dólar. Na próxima semana, a consultoria acredita que dados de atividade na China e nos EUA devem dar o tom nos mercados cambiais.

Também hoje, o iene atingiu mínimas em três anos frente ao dólar. O Société Générale diz que avanços nos juros dos Treasuries e nos preços do petróleo impulsionam a divisa americana frente à japonesa. O banco francês nota que os níveis atuais do dólar frente ao iene foram vistos na última vez em 2018, mas, o Société Générale calcula que, ajustando-se para os preços relativos em termos reais, o dólar estaria no nível mais alto frente ao iene desde 1985.