O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis rivais, caiu 0,44% hoje, mas acumulou alta semanal de 0,99%, aos 108,063 pontos. No fim da tarde em Nova York, o euro subia a US$ 1,0076, a libra apreciava a US$ 1,1857 e o dólar tinha baixa a 138,57 ienes.
Após ter visto um aumento de 1 ponto porcentual do juro como mais provável, o mercado voltou a esperar majoritariamente por uma alta de 75 pontos-base no dia 27 de julho, quando termina a próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed.
Presidente da distrital de St. Louis do BC, James Bullard disse não ver muita diferença entre os dois ritmos de alta cogitados, e a chefe do Fed de São Francisco, Mary Daly, argumentou que não é necessária preocupação por um aumento excessivo dos juros. Já o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, alertou contra elevar os juros de forma muito acelerada. Dos três, apenas Bullard terá direito a voto na próxima reunião do Fomc.
A divisa americana também operou de olho em indicadores da economia americana. Vendas no varejo e o índice de sentimento do consumidor tiveram desempenho melhores que o esperado nas leituras mais recentes. Segundo leitura preliminar da Universidade de Michigan, houve recuo nas expectativas inflacionárias do país para os períodos de 1 e 5 anos à frente. Segundo a Oxford Economics, o movimento deve ter refletido a redução nos preços da gasolina nos EUA.
Em outras economias desenvolvidas, o foco na semana que vem ficará sobre decisões de bancos centrais, incluindo do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês). “Uma questão-chave para os formuladores de política monetária em Tóquio e Frankfurt será até que ponto eles estão incomodados com as rápidas quedas de suas moedas em relação ao dólar”, questiona a Capital Economics.
Para a consultoria, o BoJ deve ajustar o controle do grau de tolerância da curva de juros, enquanto o BCE deve sinalizar altas de juro mais fortes do que a de 25 pontos-base que deve ocorrer na próxima quinta-feira.
Na seara de emergentes, o peso chileno esteve entre os destaques do dia. Após um forte recuo ontem, o anúncio de um programa de intervenção cambial do BC do Chile ajudou a moeda a se recuperar ante o dólar, que recuava a 973,75 pesos, por volta de 16h00 (de Brasília).
O rublo russo também teve forte apreciação ante o dólar, com a divisa americana em baixa a 56,535 no fim da tarde. Por ser moeda de um país exportador de energia, a alta robusta do petróleo hoje, após várias sessões de perdas da commodity energética, tende a ajudar o rublo.