O dólar operou em alta nesta quinta-feira, 17, ante a maioria das moedas, seguindo comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed) que reforçaram o aperto monetário da autoridade. Ao longo do dia, integrantes do conselho do banco central reforçaram o compromisso com o combate à inflação, incluindo novas altas de juros. No caso da libra, a moeda recuou observando ainda a divulgação do plano orçamentário de outono do novo governo do país.
O índice DXY caiu 0,39%, aos 106,694 pontos. Ao fim da tarde, o dólar subia a 140,16 ienes, o euro recuava a US$ 1,0370 e a libra tinha baixa a US$ 1,1865.
O presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, afirmou que as taxas de juros do Fed devem ser elevadas para a casa dos 5% a 5,25%, no intuito de conter a inflação mais alta em quase 40 anos. O dirigente fez ainda uso da Regra de Taylor, utilizada por formuladores de política monetária, para mostrar que o juro ideal para conter a inflação nos EUA pode estar na faixa de 5% a 7%, acima do que o mercado projeta atualmente.
No Reino Unido, o ministro das Finanças Jeremy Hunt apresentou uma atualização orçamentária de emergência com o objetivo de reforçar a credibilidade econômica do governo. “Embora as finanças pareçam estar em um caminho fiscal melhor sob o novo governo de Rishi Sunak, o caminho imediato para a economia continua repleto de ‘ventos contrários globais sem precedentes'”, aponta a Convera. Hunt, elogiou o “excepcional” trabalho do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) e reiterou seu apoio à entidade no combate à inflação no país. O ministro revelou ainda que o governo vai elevar o salário mínimo em 9,7% e manter os gastos bilionários previstos para subsidiar gastos energéticos da população.
Já o índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro avançou 10,6% na comparação anual de outubro deste ano, ligeiramente abaixo da leitura preliminar e da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 10,7% em ambos os casos. A divulgação de uma inflação abaixo da leitura preliminar sugeriu uma possível diminuição do aperto monetário pelo Banco Central Europeu (BCE), aponta a Convera.