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Moedas: euro recua ante dólar, após Lagarde minimizar temor por aperto monetário

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Estadão Conteúdos

O euro operou em baixa no confronto com o dólar nesta segunda-feira (7). A moeda comum enfraqueceu diante de comentários da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, que aliviou parte dos temores pelo aperto monetária na zona do euro, em face da alta inflação no bloco.

Ainda assim, o índice DXY do dólar, que mede a variação da moeda americana ante seis rivais, fechou em leve baixa de 0,09%, aos 95,399 pontos. No fim da tarde em Nova York, o euro caía a US$ 1,1441, enquanto a libra subia a US$ 1,3534, praticamente estável, e o dólar recuava a 115,08 ienes.

Durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento Europeu nesta segunda, Lagarde destacou que qualquer ajuste na política monetária da zona do euro seria feito de forma gradual, reiterando que um aumento do juro básico só viria após a completude do processo de redução das compras de ativos pelo BCE.

Ela ainda negou que esteja ocorrendo um processo de desancoragem das expectativas inflacionárias e afirmou que o BC comum não está preocupado com divergências na taxa de inflação entre os países da região.

“Na audiência de hoje no Parlamento Europeu, Lagarde em grande parte repetiu as principais mensagens da reunião do BCE da última quinta-feira, mas sutilmente recuou nas expectativas excessivamente agressivas de aumento da taxa de juros”, destaca o ING em relatório a clientes.

Com exceção do euro, o dólar teve um dia majoritariamente negativo. De acordo com o banco holandês, porém, este impulso deve se mostrar limitado ante a expectativa pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de janeiro dos EUA, que sairá na quinta-feira (10). Para o Citibank, a forte alta recente dos salários nos EUA aponta para pressões inflacionárias mais amplas, o que faz do CPI o dado mais relevante desta semana.

Outro foco do mercado cambial são as incertezas geopolíticas provocadas pelas tensões entre Rússia e potenciais ocidentais, o que tem aumentado a demanda por moedas atreladas ao baixo risco, como o iene, apesar do posicionamento “dovish” do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), diz o Rabobank.