No fim da tarde em Nova York, o euro subia a US$ 0,9968, a libra avançava a US$ 1,1467 e o dólar caía a 147,91 ienes. O índice DXY, que mede a moeda ante seis rivais, registrou queda de 0,93%, a 110,950 pontos.
Com o período de silêncio pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), indicadores serviram como sinalizações sobre a economia para o mercado. Nos Estados Unidos, o índice de confiança do consumidor caiu de 108 em setembro para 102,5 em outubro, abaixo da expectativa de analistas.
Em relatório, o BMO Capital Markets afirma que, no geral, o resultado não trouxe uma boa perspectiva para o sentimento de famílias e o recuo nas diferenças dentro do mercado de trabalho não são um bom presságio para ao payroll da próxima semana.
Ainda sobre os EUA, a secretária do Tesouro Janet Yellen reiterou a avaliação de que a inflação do país está “muito alta”, mas ressaltou ver “bons indicativos” de que a escalada de preços deve sofrer alívio nos próximos meses.
Já na Europa, o índice de sentimento das empresas da Alemanha caiu marginalmente entre setembro e outubro, na leitura do instituto alemão Ifo. O euro reduziu perdas após o dado melhor que o esperado.
Em relatório, a Oxford Economics observa que o cenário é misto entre os setores, mas que o resultado do mês passado mostra que os setores mais afetados pela crise energécia e aperto de condições financeiras – como manufatura e construção, respectivamente – estão sendo especialmente afetados.
No Reino Unido, o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak assumiu oficialmente como primeiro-ministro e deu forças à moeda local. É o terceiro premiê este ano e o quinto desde 2016, quando houve o referendo para o Brexit, destaca a Convera.
O analista Joe Manimbo afirma que há espaço para alta da libra, enquanto o governo britânico lida com desafios econômicos. “O dólar passou outubro consolidando amplamente os ganhos que o levaram a picos de 20 anos, à medida que os mercados ponderam as perspectivas para a política do Fed além de novembro”, observa.
As movimentações do iene seguem no radar. Ontem, o ministro das finanças do Japão, Shunichi Suzuki, disse que adotará as “medidas necessárias” para conter os movimentos “excessivos” no mercado cambial. A autoridade também afirmou não ver contradição entre o relaxamento pelo Banco do Japão (BoJ) e as compras de ienes pela pasta que lidera.