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Moedas Globais: índice DXY do dólar avança, ainda com postura do Fed no radar

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Estadão Conteúdos

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu nesta terça-feira, com investidores se posicionando para elevações de juros mais adiante neste ano pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Com isso, mesmo após dados mistos nos Estados Unidos o movimento cambial se manteve.

No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 114,63 ienes, o euro recuava a US$ 1,1325 e a libra tinha baixa a US$ 1,3593. O índice DXY subiu 0,50%, a 95,732 pontos.

O dólar avançou em quadro de alta dos juros dos Treasuries, diante de expectativa por aperto monetário nos EUA. O Danske Bank diz que reviu sua projeção e espera agora quatro altas de juros pelo Fed neste ano “pelo menos”, dizendo que poderia haver outras a depender do nível da inflação.

A divisa americana chegou a perder um pouco de fôlego, após o índice de atividade industrial Empire State, do Fed de Nova York, recuar a -0,7 em janeiro, bem abaixo da previsão de 25,5 dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Ainda o fim da manhã, porém, o DXY retomou a força e bateu máximas no dia.

O Wells Fargo comenta em relatório este início do ano, considerando que foi “certa surpresa” o recuo do dólar nas primeiras semanas de 2022. O banco nota que o dólar já havia se ajustado à postura mais hawkish do Fed, por isso agora o movimento da divisa é limitado, mas acredita que mais adiante o dólar voltará a exibir mais ganhos, diante de seus fundamentos.

Entre outras divisas em foco, o dólar avançava a 104,2069 pesos argentinos. A moeda norte-americana atingiu novo recorde histórico no mercado paralelo, segundo a imprensa local, em meio a prolongadas negociações do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI) por um novo acordo de ajuda.