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Moedas Globais: índice DXY do dólar avança, com iene sob pressão após BoJ

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Estadão Conteúdos

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou nesta sexta-feira, com investidores atentos a sinais da inflação nos Estados Unidos e sua influência para apolítica monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Além disso, o iene ficou sob pressão, após o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) manter a política monetária relaxada.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 147,44 ienes, o euro recuava a US$ 0,9965 e a libra tinha alta a US$ 1,1618. O índice DXY registrou alta de 0,15%, a 110,752 pontos, com recuo de 1,12% na comparação semanal.

O DXY já exibia ganhos no início do dia, após o BoJ reafirmar sua política acomodatícia, mesmo que o BC japonês também tenha revisado para cima projeções de inflação. A postura do BoJ, em um quadro global de aperto monetário em vários dos principais bancos centrais, levou o iene a renovar mínimas em 32 anos nos últimos dias.

Na agenda de indicadores dos EUA, o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) avançou 0,5% em setembro ante agosto, como esperado por analistas. A Oxford Economics avaliou que a inflação “ainda está muito elevada para o Fed”, o que fez a consultoria reafirmar expectativa de alta de 75 pontos-base nos juros na próxima semana, com uma elevação de 50 pontos-base em dezembro.

Também hoje, as expectativas de inflação nos EUA, medidas pela Universidade de Michigan, avançaram de 4,7% em setembro a 5,0% em outubro, para 12 meses. As expectativas para o horizonte de cinco anos avançaram de 2,7% a 2,9%. A Oxford Economics comenta que, mesmo com a melhora no sentimento do consumidor para outubro na mesma pesquisa, o avanço das expectativas de inflação mostra a situação “precária” dos consumidores nos EUA, com preços em alta e crescente incerteza na perspectiva econômica.

A Capital Economics, em relatório publicado hoje, avalia que o dólar pode se valorizar ainda mais, diante da postura do Fed. Ela comenta, porém, que o relatório mensal de empregos (payroll), que sai na próxima sexta-feira, poderia consolidar a visão de que o BC americano deve elevar os juros em ritmo menor em dezembro, após a alta de 75 pontos-base em dezembro, amplamente esperada pelo mercado.