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Moedas Globais: índice DXY do dólar recua com libra forte; iene renova mínimas

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Estadão Conteúdos

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu nesta quinta-feira, 13, com a libra apoiada pela possibilidade de alta no imposto corporativo no Reino Unido. O iene, porém, renovou mínimas em 32 anos, com o dólar ainda apoiado pela perspectiva de mais altas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), reforçada depois do dado com números acima do previsto no índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos de setembro.

No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 147,23 ienes, o euro subia a US$ 0,9779 e a libra tinha alta a US$ 1,1320. O DXY registrou queda de 0,84%, em 112,363 pontos.

A moeda japonesa continua sob pressão, diante da política monetária mais relaxada do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), enquanto o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) continua a elevar juros. O ANZ diz que a tendência de enfraquecimento do iene “continua como um risco importante”. Para o Goldman Sachs, a moeda japonesa poderia reagir mais adiante, em caso de uma recessão nos EUA e de um freio no aperto do Fed.

Já a libra avançou, apoiada pela notícia de que a premiê Liz Truss, do Reino Unido, avalia elevar o imposto corporativo local de 19% a 25%. A Western Union considera ainda que o momento para a moeda britânica é de volatilidade, antes de o Banco da Inglaterra (BoE) encerrar seu programa de intervenção emergencial com compras de gilts, nesta sexta-feira. Hoje, o ministro das Finanças britânico disse que a decisão sobre esse programa cabe apenas ao BoE, após o BC britânico ter sinalizado que responderá aos planos fiscais da premiê Liz Truss, por ele elevar a inflação.

No mercado de câmbio, também esteve em foco a inflação nos EUA, que reforçou apostas de elevação de juros em 75 pontos-base em novembro pelo Fed. O aperto monetário do BC local tende a apoiar a divisa americana. No caso do euro, o Banco Central Europeu (BCE) também reafirmava sinalizações de mais altas nos juros ante da inflação, apoiando a moeda comum.