No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 114,09 ienes, o euro subia a US$ 1,1464 e a libra tinha alta a US$ 1,3720. O DXY teve baixa de 0,13%, a 94,790 pontos.
Na agenda de indicadores, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,2% em dezembro ante novembro, ante previsão de alta de 0,4% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. A High Frequency Economics considerou que a leitura um pouco abaixo da expectativa não altera o quadro de inflação acima do esperado e justifica a inflexão recente por uma política monetária mais restrita do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Entre os dirigentes do Fed, Thomas Barkin (Richmond) afirmou que a palavra “transitória” para se referir à inflação não serviu aos propósitos para descrever as pressões sobre os preços dos EUA no contexto atual. Já Charles Evans (Chicago) considerou que a política monetária “não está em um bom lugar” neste momento e disse que poderia haver “três ou quatro” altas de juros neste ano. Para a diretora Lael Brainard, sabatinada para a vice-presidência do Fed, a inflação deve seguir elevada nos dois primeiros trimestres do ano, segundo as projeções.
Segundo a Capital Economics, a fraqueza recente do dólar se contradiz com a postura do Fed. Alguns analistas têm notado que o mercado cambial já incorporou em boa medida o aperto na política monetária, por isso a reação atual. Para a consultoria, o Fed terá de fato de elevar mais os juros, neste ano e em 2023, o que deve levar a um dólar mais forte.
A Capital Economics comenta também que diferenciais de juros e preços de commodities são fatores importantes para o desempenho de seis moedas de países desenvolvidos neste ano, as de Austrália, Canadá, Reino Unido, Noruega, Nova Zelândia e Suécia.
Segundo a consultoria, as moedas desses países devem recuar ante o dólar neste ano. Já sobre o yuan, a Capital comenta em outro relatório que a moeda chinesa deve recuar frente ao dólar em 2022, diante de perda de fôlego econômico, relaxamento da política monetária e da gradual normalização da conta corrente do país.