No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 149,19 ienes, o euro subia a US$ 0,9858 e a libra tinha baixa a US$ 1,1321. O índice DXY subiu 0,08%, a 112,130 pontos.
Entre os dirigentes do Fed, o tom recente foi mantido. Presidente da distrital de Atlanta, Raphael Bostic destacou o fato de que a inflação está “muito elevada”, o que torna necessário o aperto monetário do BC dos EUA. Segundo ele, pode haver “alguma dor no curto prazo” nesse processo de ajuste, mas adiante a economia do país conseguirá crescimento no longo prazo, com quadro melhor no mercado de trabalho.
A elevação de juros nos EUA tende a apoiar o dólar. Além disso, a libra esteve em baixa, ajustando em parte os ganhos mais fortes da sessão anterior, quando influiu o recuo do governo britânico em boa parte de seus planos fiscais. O ING afirma que a reversão nas políticas no Reino Unido, “alguma estabilidade nos mercados acionários” e a queda nos preços de energia na Europa sugerem uma potencial correção maior no mercado de câmbio. Para o banco, o dólar poderia enfraquecer um pouco mais, mas a tendência de força da divisa dos EUA “deve permanecer intacta”. Na agenda de indicadores, a produção industrial dos EUA cresceu 0,4% em setembro ante agosto, acima da alta de 0,1% esperada por analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.
No caso do euro, houve ganho em meio a declarações de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) em geral destacando a inflação elevada local, que demanda mais altas de juros. Na Alemanha, o índice ZEW de expectativas econômicas subiu em outubro, a -59,2, contrariando a expectativa de queda dos analistas. A Western Union, porém, comentava que o dado não reduziu o risco de uma recessão na maior economia da zona do euro em 2023.
A mesma Western Union destacou a força do dólar frente ao iene, com a divisa do Japão renovando mínimas em 32 anos. Para ela, isso aumenta o risco de uma intervenção do governo de Tóquio para apoiar sua divisa.