“Agora ocorre a acomodação de um crescimento muito rápido depois da reabertura das economias”, disse Mollica durante participação no webinar “Responsabilidade Fiscal e Crescimento” organizado pela Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EESP-FGV).
Na China, disse Mollica, teve a questão da Evergrande, a segunda maior incorporadora imobiliária chinesa – que em 14 de setembro anunciou que pode não conseguir honrar uma dívida de US$ 300 bilhões. Mas a avaliação dele é a de que há uma política em curso do governo chinês de desacelerar a economia do setor.
“Mas não acho que o governo chinês vá deixar a sua economia desacelerar de forma a travar a economia mundial”, previu o Head Portfolio Manager do Opportunity Total Fund.
A preocupação, segundo ele, é com relação à inflação global, que as economias desenvolvidas entendiam que era passageira e, que por isso, não mexeria nos juros. “Mas os emergentes saíram na frente e começaram a aumentar suas taxas de juros até pela falta de condições para enfrentar esse avanço do choque inflacionário”, afirmou.
Mas mesmo as economias desenvolvidas já têm deixado para trás a ideia de que o fenômeno inflacionário era transitório. “Então vamos ter uma rodada de política monetária mais restritiva pelo mundo”, disse Mollica.