O Nubank vai pedir à B3 e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a conversão de seus papéis hoje listados no Brasil (BDRs nível 3) em recibos de ações comuns (ou BDRs de nível 1). Desta forma, a companhia seguirá negociando suas ações no mercado americano, mas deixará de ter a dupla listagem no Brasil.
Atualmente, o Nubank é uma companhia de capital aberto tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Com a conversão de seus recibos, pedirá à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) descontinuidade do programa de BDRs de nível 3 e, posteriormente, o cancelamento de seu registro de companhia aberta no País.
Segundo a fintech, o objetivo é “maximizar a eficiência”. Por ter dupla listagem, o Nubank precisa ter estruturas diferentes, para atender às normas específicas dos mercados em que seus papéis são negociados.
“O Nubank visa maximizar a eficiência e a escalabilidade, reduzindo cargas de trabalho duplicadas desnecessárias em requisitos regulatórios, que consomem recursos consideráveis”, disse, em nota, a cofundadora e CEO do Nubank no Brasil, Cristina Junqueira.
CONVERSÃO
Os detentores de BDRs do Nubank terão três opções: trocar os recibos por ações negociadas nos EUA; trocar o BDR de nível 3 por um novo, de nível 1; ou fazer a venda dos BDRs em Bolsa brasileira ou americana, em processo de venda facilitado.
Para converter os BDRs em ações, o investidor precisa deter recibos suficientes. Cada BDR do Nubank equivale a um sexto de uma ação do neobanco listada em Nova York, proporção que será mantida na mudança de programa. Ou seja: o investidor precisará deter seis ou mais BDRs para aderir à opção, além de conta ativa em uma corretora nos EUA.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.