Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro com entrega prevista para dezembro encerrou a sessão com alta de 0,67% a US$ 1.795,80 a onça-troy.
O índice DXY, que mede o dólar ante seis moedas rivais, opera em baixa ao longo desta sessão. O enfraquecimento do dólar torna as commodities mais baratas para detentores de outras moedas e contribui para o avanço dos preços dessas matérias-primas.
No entanto, ao longo da semana, a expectativa do Commerzbank é que o ouro registre recuo. O banco alemão observa que o Fed deve anunciar a redução do volume de compra de ativos nesta quarta-feira, enquanto o BoE provavelmente será o primeiro dos maiores bancos centrais a elevar sua taxa básica de juros. “Isso poderia enviar um sinal a outros bancos centrais e colocar os preços do ouro diante de pressões renovadas”, dizem analistas. Se o relatório de empregos dos EUA, o payroll, tiver resultado positivo na sexta-feira, a pressão deve ser ainda maior. “Na nossa opinião, nesta semana o ouro provavelmente terá um momento difícil para reconquistar qualquer espaço que tenha perdido”.
O TD Securities, por sua vez, reiterou sua posição de que a precificação para elevação da taxa de juros pelo Fed está hawkish demais. “Os Treasuries estão precificando o primeiro aumento em julho de 2022 e 90% de chance em junho”, diz o banco. A elevação de juros, porém, está cada vez mais dependente do resultado do payroll. “No entanto, à medida que o movimento de vendas se esgota, as pressões sobre o ouro podem diminuir em breve”.