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Ouro fecha em alta após decisão do Fed, puxado por queda nos juros dos Treasuries

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Estadão Conteúdos

O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta quinta-feira, em sessão que seguiu a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e os comentários do presidente da autoridade, Jerome Powell, vistos como menos hawkish do que os mercados antecipavam. O metal foi impulsionada pela queda nos rendimentos dos Treasuries, que tende a beneficiar a commodity, uma vez que os ativos são concorrentes na busca por segurança.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro avançou 1,68%, a US$ 1763,9 por onça-troy.

Na quarta, o Fed acabou sendo menos hawkish do que o esperado, permitindo que o preço do ouro recuperasse uma parte de suas perdas, aponta o Commerzbank. A autoridade monetária mantém sua visão de que a atual alta na inflação se deve em grande parte a fatores temporários.

Segundo Powell, a meta do pleno emprego precisará ser atingida para que o banco aumente as taxas de juros, o que ele acredita que poderá acontecer no segundo semestre de 2022. Uma sinalização maior pela elevação das taxas tinha como potencial uma maior força para o dólar, o que poderia ter pressionado o ouro, cotado na moeda dos EUA.

As atenções se voltam agora para a divulgação do payroll, e sinais de recuperação na economia americana podem reduzir a procura por segurança e pressionar no ouro.

O Commerzbank lembra que no relatório de vagas no setor privado ADP publicado na quarta, outubro registrou o maior número de empregos criados desde junho.

Segundo o banco alemão, isso significa que o relatório oficial do mercado de trabalho dos EUA de sexta-feira também pode se provar surpreendentemente positivo, embora os dados do ADP nem sempre sejam um indicador confiável dos números oficiais.