Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,16%, a US$ 1.636,80 por onça-troy.
O avanço do preço do metal precioso se deu em dia de desvalorização do dólar ante moedas europeias. A libra se fortaleceu ante a divisa norte-americana, após renúncia da primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss.
“O ouro ainda está lutando contra saídas constantes de ETFs (fundos negociados em bolsas) lastreados em ouro, e essa tendência deve limitar quaisquer rebotes que vemos no curto prazo”, diz o analista da Oanda, Edward Moya. Ele destaca ainda que indicadores econômicos dos Estados Unidos reforçam a afirmação de que o mercado de trabalho está forte e permite que o Fed dê sequência à alta de juros. “Parece uma questão de tempo para que o ouro atinja as mínimas de setembro, mas por enquanto ele está se estabilizando. Parece que será necessário de um novo catalisador para enviar os preços abaixo do nível psicológico de US$ 1600”.
Nesta quinta, o presidente da distrital da Filadélfia, Patrick Harker, disse esperar que os juros subam acima de 4% até o fim deste ano e que o ciclo de altas seja pausado “em algum momento” de 2023. O dirigente projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA fique estável neste ano e que a inflação caia à faixa de 2% somente em 2024.
A narrativa de um Fed agressivo continua a impulsionar a de um regime persistentemente hawkish pelo banco central norte-americano, afirma o TD Securities.
No contexto atual, de olho no mercado de Treasuries e alta inflação, o banco de investimentos considera improvável que os preços dos ouros subam em meio a deterioração das perspectivas econômicas no país.