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Ouro fecha em alta, com temores sobre pressão inflacionária em meio à guerra

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Estadão Conteúdos

Os contratos futuro do ouro fecharam em alta nesta quinta-feira. No radar das mesas de operação, seguem as notícias sobre a guerra na Ucrânia, com novas sanções pelos Estados Unidos e declarações do presidente russo, Vladimir Putin.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho subiu 0,77%, a US$ 1.954,00 por onça-troy.

Nesta quinta, Putin assinou um decreto que define que “países não amigáveis” terão que pagar suas compras de gás natural russo na moeda local a partir de sexta-feira. Os preços do ouro subiram após a notícia, observa o analista da Oanda Edward Moya.

“Isso coloca a Europa em uma posição difícil e aumenta as preocupações para pressões inflacionárias mais intensas”, diz o analista. O ouro está posicionado para subir ainda mais, uma vez que a movimentação russa no setor de energia sugere que um consenso nas negociações sobre paz está “bem longe” de ser alcançado, afirma Moya.

Nesta quinta, os EUA e o Reino Unido anunciaram novas sanções contra indivíduos e entidades russas. De acordo com negociador ucraniano, as negociações com a Rússia devem ser retomadas na sexta.

O TD Securities projeta que, enquanto um progresso material nas conversas por cessar-fogo e na desescalada militar seguirem “ilusórias, os fluxos de refúgio provavelmente devem manter o ouro sustentado, mesmo com um Federal Resreve (Fed) cada vez mais hawkish.

Além disso, o banco avalia que outro fator positivo para o metal precioso é o fato das curvas de juros das T-notes de 2 e 10 anos estarem flertando com a inversão.