Na Comex, o contrato mais líquido do ouro, com vencimento em fevereiro, fechou em alta de 0,46%, a US$ 1784,80 por onça-troy.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 6,8% nos 12 meses encerrados em novembro, no maior aumento anual desde 1982. Segundo o TD Securities, investidores ponderaram se a inflação chegou ao pico. O banco de investimentos lembra que o metal vem apresentando desempenho inferior a outros ativos vistos como refúgio para a inflação.
Para Edward Moya, analista da Oanda, o “ouro está lentamente recuperando seu charme depois de um relatório de inflação quente”, que em sua maioria correspondeu às estimativas. “Grande parte da inflação é mais rígida do que qualquer um deseja e isso deve manter as perspectivas de médio e longo prazo do ouro”, avalia.
Segundo o especialista, o grande tema para os preços é o número de elevações de juros pelo Fed, e um ciclo de aumento acelerado é “um grande risco e pode desencadear vendas em pânico, o que pode ser problemático para o ouro no curto prazo, mas isso ainda parece improvável de acontecer”. Para Moya, a recente faixa de negociação do ouro entre US$ 1.760 e US$ 1.800 a onça-troy pode continuar a se manter, levando em conta a decisão do Fed na próxima semana.