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Ouro fecha em baixa, diante de alta nos juros dos Treasuries após payroll

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Estadão Conteúdos

O ouro fechou em queda moderada nesta sexta-feira, pressionado pela alta nos juros dos Treasuries, que concorrem com o metal como ativo de segurança de investidores. O movimento ocorreu majoritariamente em reação ao relatório de empregos dos EUA, conhecido como payroll, que em setembro registrou resultados mistos.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro recuou 0,10% nesta sexta, com baixa de 0,06% na semana, a US$ 1.757,40 por onça-troy.

Logo após a divulgação do payroll de setembro, que informou a criação de 194 mil postos de trabalho, bem abaixo da mediana das estimativas de analistas consultados pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o índice DXY do dólar recuou às mínimas, assim como o juro da T-note de 10 anos, movimento que deu apoio ao ouro.

No decorrer da sessão, porém, a divisa americana moderou suas perdas ante moedas rivais e os retornos da renda fixa americana passaram a subir, reduzindo a demanda pelo metal precioso.

De acordo com o TD Securities, em relatório, a geração fraca de empregos nos EUA põe questionamentos sobre o timing da redução das compras de bônus pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Mas com o tapering em novembro quase certo, é possível que o ouro se beneficie de “fluxos agressivos” no mercado quando o Fed começar a reduzir a acomodação monetária nos EUA, estima o banco de investimentos canadense.

O TD ainda afirma que a alta nos salários e baixo volume mensal de contratações no país alimentam a narrativa sobre uma possível estagflação da principal potência mundial. Neste cenário, o ouro poderia ser ativo “ideal” para fazer hedge, comenta a instituição.