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Ouro fecha quase estável, de olho em Fed e apetite por risco limitado

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Estadão Conteúdos

O ouro fechou próximo à estabilidade nesta segunda-feira. Comentários de tom hawkish de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) fortaleceram o dólar e os juros dos Treasuries, prejudicando o ouro. O apetite por risco limitado nos mercados globais por conta da guerra na Ucrânia, por outro lado, deu alguma sustentação ao metal precioso.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril avançou 0,01%, a US$ 1.929,50 por onça-troy.

Ativos de risco em geral tiveram um desempenho modesto, à medida que o mundo observa com preocupação a falta de avanços nas negociações entre Ucrânia e Rússia por um cessar-fogo. Segundo o TD Securities, o contexto global serviu de contraponto aos comentários a favor de um aperto monetário forte nos EUA por dirigentes do Fed.

Entre eles, o presidente do BC norte-americano, Jerome Powell, não descartou altas maiores que 25 pontos-base da taxa básica de juro este ano, e disse que um aperto rápido será necessário e não deve afetar significativamente o crescimento da economia local.

Já o chefe da distrital de Atlanta, Raphael Bostic, disse preferir uma abordagem mais cautelosa em meio aos riscos macroeconômicos da guerra na Ucrânia.

Segundo o Commerzbank, apesar das sinalizações do Fed, muitos investidores seguem tendo no ouro um porto seguro em meio ao incerto cenário atual.

De acordo com o banco, participações em ETFs de ouro registraram o nono fluxo positivo consecutivo na semana passada, e as posições de especuladores seguem acima da média dos últimos 18 meses.