Se o Senado aprovar o texto sem mudar o que foi aprovado pela Câmara, o projeto é enviado para sanção presidencial. De acordo com o presidente do Senado, o relator da proposta deve ser o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). “É um senador muito preparado. Certamente vai fazer um bom trabalho em um tema muito importante que eu defendo, que é a desoneração da folha de 17 setores com alta empregabilidade”, disse Pacheco.
O senador de Minas não falou sobre data para votar o texto, mas disse que o Senado espera o prazo regimental de cinco sessões entre a aprovação pela Câmara, o que vai acontecer na próxima semana.
A pedido do governo, o relator na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputado Marcelo Freitas (PSL-MG), mudou o texto original e diminuiu a extensão do benefício que reduz o encargo cobrado sobre os salários para dois anos em vez dos cinco propostos inicialmente.
O modelo de simplificação tributária está em vigor desde 2011 e beneficia as empresas ao diminuir encargos trabalhistas. O prazo atual para o fim da medida é até 31 de dezembro deste ano.
Defensores do texto apontam a necessidade da desoneração para evitar demissões. Juntos, os 17 setores (incluindo call center, comunicação, tecnologia da informação, transporte, construção civil, têxtil) empregam 6 milhões de trabalhadores.
A desoneração ganhou impulso após a aprovação pela Câmara da proposta de emenda à Constituição (PEC) dos precatórios, que adia o pagamento das dívidas que o governo é obrigado judicialmente a fazer e muda o cálculo do teto de gastos. A PEC foi criada para permitir a reformulação do Bolsa Família, o Auxílio Brasil, mas governistas também citaram ela como condição para a desoneração ser prorrogada.
Com a aprovação da proposta que abre espaço fiscal, o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou publicamente favorável à prorrogação por mais dois anos.