Durante participação no BTG Talks, evento do banco, Mansueto disse que, diante da inflação persistente – com chance de “quase 100%”, na avaliação dele, de a alta dos preços ficar fora do intervalo da meta de 2023 -, o Brasil terá que conviver com juros altos por mais dois anos.
A expectativa dele é de o Banco Central (BC) elevar os juros de referência, a Selic, para 13,75%, com mais um aumento de 0,5 ponto porcentual na primeira semana de agosto, mantendo a taxa nesse patamar até julho do ano que vem. A consequência na atividade será, conforme as previsões do economista, um crescimento zero do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. “Vai ser um ano de juros altos e crescimento baixo”, projetou.
A partir do segundo semestre de 2023, continuou Mansueto, o BC, “com tudo correndo bem”, deverá ter condição para começar a cortar gradualmente a taxa. Sua previsão, hoje, é de a Selic fechar o ano que vem em 11%.
O economista-chefe do BTG Pactual avalia que a inflação, que caminhava para um resultado final de 10%, deve encerrar 2022 na faixa de 7,5% e 8%, graças à desoneração dos combustíveis.