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Petrobras: Importação de gás subiu para compensar alta do consumo, de 6%/ano nos últimos 21 anos

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Estadão Conteúdos

A demanda por gás natural cresceu 6% a cada ano nos últimos 21 anos, com o aumento do consumo por parte dos grandes clientes, principalmente a indústria e as termelétricas, segundo a Petrobras. Mesmo com o forte crescimento da oferta de produção nacional, foi necessário elevar as importações para atender ao aumento da demanda, informou o gerente executivo de Gás e Energia da empresa, Álvaro Tupiassú, durante apresentação no 2º Brazil Gas Summit.

Durante o evento, ele informou que as importações passaram de 22% da oferta nacional em 2000 para 47% em 2021, somando importações de gás natural e de gás natural liquefeito (GNL). “Para atender à alta demanda, é essencial termos fontes flexíveis de suprimento, como importações de GNL (gás natural liquefeito), importações da Bolívia, na sua parte flexível, e fontes de gás não associado”, afirmou. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a expectativa é que o Brasil continue sendo um importador estrutural de gás no longo prazo.

Em comunicado, a Petrobras ressaltou que não é a única supridora de gás natural no País e que, com a abertura do mercado, conta com o aumento na diversificação de fornecedores. Atualmente, nove empresas, além dela, possuem contratos de venda de gás para distribuidoras e consumidores livres do país. “A Nova Lei do Gás é importante porque estimula o mercado aberto e competitivo, com novos contratos e novos agentes. A Petrobras segue engajada com o estabelecimento de um ambiente estruturado e competitivo. A crise internacional do gás coloca desafios, mas mostra resiliência da abertura do mercado”, destacou Álvaro, durante a apresentação.

“Desde o acordo firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em 2019, a Petrobras segue cumprindo os compromissos assumidos no Termo de Cessação de Conduta (TCC). Entre as diversas medidas adotadas pela companhia estão a venda de ativos de transporte de gás (TAG e NTS), o compartilhamento de infraestrutura de escoamento e processamento de gás natural com outras empresas produtoras e a declaração de injeções e retiradas de gás nos gasodutos de transporte, de forma que as capacidades possam ser usadas por outros comercializadores”, complementou a empresa.