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Petróleo fecha em alta, com oferta escassa, dólar fraco e indicadores nos EUA

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Estadão Conteúdos

O petróleo avançou nesta sexta-feira, 29, e também acumulou ganhos no acumulado desta semana. A commodity foi beneficiada pela perspectiva de oferta global apertada, após relatos de que a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) produziu menos que o esperado em junho. Além disso, o enfraquecimento do dólar ante a maioria de seus pares globais e dados fortes de consumo dos EUA também apoiaram os contratos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para setembro fechou em alta de 2,28% (US$ 2,20) hoje e 4,14% na semana, a US$ 98,62, enquanto o do Brent subiu 2,10% (US$ 2,14) nesta sexta-feira e acumulou ganho semanal de 5,68% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 103,97.

O petróleo chegou a subir até 5% em Nova York, com o WTI batendo US$ 100 por barril pela primeira vez desde a semana passada, movido pela alta de 1,1% nos gastos com consumo e de 0,6% na renda pessoal de americanos em junho, número que sugeriu demanda ainda forte nos EUA, apesar do aumento recente de juros pelo Federal Reserve (Fed).

Os principais drivers do dia, no entanto, foram o enfraquecimento do dólar ante moedas rivais como o iene e o euro, além de preocupações quanto à oferta global da commodity energética. Segundo a agência de notícias russa Interfax, com base em fonte, os países integrantes da Opep+ produziram 2,84 milhões de barris por dia (bpd) a menos do que o planejado para o mês de junho.

“Sem grandes sinais de destruição da demanda por combustível” e com o mercado persistentemente apertado, “o petróleo parece que em breve encontrará um lar acima da marca de US$ 100 o barril”, prevê Edward Moya, analista da Oanda, em comentário enviado a clientes.

Ainda no noticiário do setor, a Rússia e a Arábia Saudita disseram estar comprometidas com a estabilidade do mercado da commodity, segundo comunicado do governo russo. Além disso, o presidente da França, Emmanuel Macron, pretende pressionar o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman sobre a produção de petróleo do país.