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Petróleo fecha em alta, com queda de reservas nos EUA, decisão do Fed e dólar

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Estadão Conteúdos

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta, 2, em uma sessão atenta ao recuo maior do que o esperado nos estoques da commodity nos Estados Unidos. Além disso, a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) foi observada para o mercado, e teve com uma das repercussões uma desvalorização do dólar. Como o petróleo é cotado na moeda americana, o movimento tende a impulsionar os preços do barril.

O petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 1,84% (US$ 1,63), a US$ 90,00 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para janeiro de 2023 subiu 1,59% (US$ 1,51), a US$ 96,16 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram queda de 3,115 milhões de barris, a 436,83 milhões, na semana encerrada em 28 de outubro, informou hoje o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. Analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam queda de 200 mil barris. Segundo a Capital Economics, a queda da semana passada nos estoques comerciais e estratégicos arrastou as reservas totais para seu nível mais baixo desde novembro de 2001, contribuindo assim para o aumento nos preços hoje.

A consultoria lembra ainda que os estoques de gasolina e destilados também permaneceram baixos. Em sua visão, juntos, os preços altos do petróleo e uma leve recessão devem pesar sobre a demanda nos próximos meses. Enquanto isso, a produção de petróleo bruto no país caiu de 12 milhões de barris por dia (bpd) para 11,9 milhões.

A Capital Economics suspeita que o aumento nos preços dos futuros e de prazos mais longos este ano contribuirá para um aumento de aproximadamente 500 mil na produção até o final do próximo ano. No entanto, “não vemos a produção dos EUA subindo para seu nível pré-pandemia de cerca de 13 milhões de bpd em breve devido à disciplina de capital em curso pelas empresas de petróleo”, avalia. Enquanto isso, o presidente Joe Biden segue fazendo críticas à postura das empresas do setor.