Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para o mês que vem fechou em baixa de 2,47% (US$ 2,68), a US$ 106,02, enquanto o do Brent para maio cedeu 1,63% (US$ 1,81) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 109,33.
Mais cedo, os contratos subiam após líderes russos e ucranianos falharem em avançar por um acordo diplomático que encerre o conflito no Leste Europeu. Os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e Ucrânia, Dmytro Kuleba, viajaram à Turquia para discutir o conflito entre os dois países.
Ambos relataram que não houve progresso nas negociações por um cessar-fogo, com Lavrov ressaltando que sequer tinha autorização para negociar este tópico, que deverá ser abordado somente por delegações em Belarus.
O movimento de alta do óleo se inverteu após Putin afirmar, de acordo com relatos na imprensa internacional, que a Rússia segue exportando petróleo e gás produzido no país por meio da Ucrânia. A fala aliviou tensões quanto a um aperto ainda maior da oferta no curto prazo.
A visão da Capital Economics, porém, é pessimista. Para a consultoria, a produção russa do óleo deve reduzir ao longo deste ano sob o peso das sanções do Ocidente, que reduzem a base de clientes dos produtores locais.
Caso ocorra um “cenário extremo” de banimento completo das importações de energia da Rússia pelo Ocidente, o barril do petróleo deve ficar acima de US$ 100 para além de 2022. Caso isso não ocorra, os preços devem reduzir ao nível de US$ 100 à medida que o ano termina, prevê a consultoria.