O contrato do petróleo WTI para novembro fechou em queda de 2,58% (US$ 2,03), a US$ 76,71 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro recuou 2,55% (US$ 2,17), a US$ 82,86 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Para Edward Moya, analista da Oanda, o caos nos mercados de câmbio pode manter os preços do petróleo pressionados, não importando o que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) faça no curto prazo. “A volatilidade do câmbio não vai diminuir tão cedo e isso enviará o petróleo em uma montanha-russa muito longa”, projeta.
O analista também aponta que o índice Ifo na Alemanha apontou o menor nível para o sentimento das empresas desde maio de 2020, além de pesquisas regionais do Federal Reserve (Fed) que decepcionaram, compondo um cenário com queda nas perspectivas para a demanda.
Os países da União Europeia estão lutando para chegar a um acordo sobre a imposição de um teto de preço ao petróleo russo e provavelmente vão adiar uma discussão sobre o assunto até que um pacote de sanções mais amplo seja acordado.
De acordo com a Bloomberg, Chipre e Hungria estão entre os que expressaram oposição à proposta de limite. As sanções na UE exigem unanimidade, dando a cada nação um veto efetivo.
A Comissão Europeia, braço executivo do bloco, se reuniu com os Estados membros no fim de semana para tentar chegar a um acordo sobre o pacote de medidas restritivas. Os países podem pressionar para ter um acordo preliminar antes de uma reunião informal de líderes da UE em Praga em 6 de outubro. Enquanto isso, a Alemanha se prepara para adotar um teto local para os preços de energia, medida que também é discutida no âmbito europeu.