Notícias

Notícias

Petróleo fecha em baixa, com alta do dólar e perspectivas de recessão global

Por
Estadão Conteúdos

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira, 26, em uma sessão na qual a alta do dólar pressiona a commodity, cotada na moeda americana. Além disso, as perspectivas de uma eventual recessão global seguem pesando nas projeções para a demanda. As disputas entre a Rússia e países europeus prosseguem, com estados membros da União Europeia se movimentando para tentar impor um teto ao preço do óleo russo, enquanto os governos buscam medidas para lidar com a disparada da energia.

O contrato do petróleo WTI para novembro fechou em queda de 2,58% (US$ 2,03), a US$ 76,71 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro recuou 2,55% (US$ 2,17), a US$ 82,86 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Para Edward Moya, analista da Oanda, o caos nos mercados de câmbio pode manter os preços do petróleo pressionados, não importando o que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) faça no curto prazo. “A volatilidade do câmbio não vai diminuir tão cedo e isso enviará o petróleo em uma montanha-russa muito longa”, projeta.

O analista também aponta que o índice Ifo na Alemanha apontou o menor nível para o sentimento das empresas desde maio de 2020, além de pesquisas regionais do Federal Reserve (Fed) que decepcionaram, compondo um cenário com queda nas perspectivas para a demanda.

Os países da União Europeia estão lutando para chegar a um acordo sobre a imposição de um teto de preço ao petróleo russo e provavelmente vão adiar uma discussão sobre o assunto até que um pacote de sanções mais amplo seja acordado.

De acordo com a Bloomberg, Chipre e Hungria estão entre os que expressaram oposição à proposta de limite. As sanções na UE exigem unanimidade, dando a cada nação um veto efetivo.

A Comissão Europeia, braço executivo do bloco, se reuniu com os Estados membros no fim de semana para tentar chegar a um acordo sobre o pacote de medidas restritivas. Os países podem pressionar para ter um acordo preliminar antes de uma reunião informal de líderes da UE em Praga em 6 de outubro. Enquanto isso, a Alemanha se prepara para adotar um teto local para os preços de energia, medida que também é discutida no âmbito europeu.