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Petróleo fecha em queda, com dólar em alta e mercado de olho na Ucrânia

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Estadão Conteúdos

Após os robustos ganhos acumulados nas duas últimas sessões, o petróleo arrefeceu e fechou em leve queda nesta quinta-feira, 27, pressionado pela alta do dólar, que se valoriza desde ontem, após decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Além disso, investidores continuam de olho nas tensões geopolíticas na Ucrânia e nas possíveis consequências do conflito para a oferta.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para março caiu 0,85% (US$ 0,74), a US$ 86,61, enquanto o do Brent para o mês seguinte teve queda de 0,64% (US$ 0,57), a US$ 88,17, na Intercontinental Exchange (ICE).

A Rystad Energy destaca que o petróleo chegou a avançar hoje impulsionado pelas tensões militares e a contínua incerteza em torno da Rússia e da Ucrânia e como isso pode comprometer uma parte significativa dos fluxos de petróleo russos caso as negociações diplomáticas sejam interrompidas e as sanções às exportações de energia se materializem. Para o Commerzbank, uma queda mais pronunciada dos preços hoje foi evitada pela crise na Ucrânia.

Segundo o TD Securities, os fatores de risco de oferta que impulsionaram o rali do petróleo nos últimos dias estão mostrando sinais iniciais de flexibilização. Dessa forma, para o banco, com os riscos operacionais diminuindo na margem, os preços do petróleo podem ficar cada vez mais vulneráveis a uma diminuição das tensões russas. “A normalização da produção na Líbia, Nigéria, Venezuela e em outros países da OPEP sugere que os riscos operacionais estão diminuindo. Isso deixa o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, juntamente com as tensões no Oriente Médio, como as maiores fontes de incerteza de oferta”, destaca o banco em relatório enviado a clientes.

Para a Rystad, todos os olhos se voltam para a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) da próxima semana em busca de sinais de aumento do aperto na oferta. “O baixo desempenho e a inação da OPEP + apoiam os preços do petróleo elevados, já que o grupo não cumpriu suas metas de produção e se comprometeu a um papel passivo na conversa, apesar da pressão externa principalmente dos EUA”.