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Petróleo fecha em queda, com Ucrânia e negociações de acordo nuclear do Irã

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Estadão Conteúdos

O petróleo fechou em queda nesta quinta-feira, 17, revertendo ganhos da sessão anterior. O mercado segue monitorando o conflito geopolítico entre Rússia e Ucrânia e os desdobramentos nas negociações sobre o acordo nuclear com o Irã.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para abril caiu 1,95% (US$ 1,79), a US$ 90,04, enquanto o do Brent para abril caiu 1,94% (US$ 1,84), a US$ 92,97, na London Metal Exchange (LME).

Os contratos futuros do óleo chegaram a reduzir perdas após notícias de que rebeldes apoiados pela Rússia, que atuam no leste da Ucrânia, acusaram forças do governo ucraniano de atacarem seu território e que a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) registrou uma série de bombardeios no leste da Ucrânia. O movimento, no entanto, não se sustentou, prevalecendo nos mercados no exterior a aversão a risco. Além do cenário no Leste Europeu, investidores acompanham negociações sobre o acordo nuclear com o Irã, que teve avanços nos últimos dias.

De acordo com Craig Erlam, da Oanda, o mercado de petróleo está obviamente apertado, e o preço já poderia estar em território de três dígitos se não fosse pelas negociações nucleares entre os EUA e o Irã. “E é isso que está impulsionando os declínios hoje, com relatórios sugerindo que um acordo está a dias de distância. Isso seria enorme, pois poderia significar cerca de 1,3 milhão de barris por dia de petróleo bruto entrando rapidamente no mercado e aliviando algumas das pressões do lado da oferta”, destacou em relatório enviado a clientes.

No entanto, para o TD Securities, os preços continuam vulneráveis a uma redução nas tensões entre Rússia e Ucrânia. “Nos últimos meses, os preços foram fortemente impulsionados por forças do lado da oferta decorrentes de riscos operacionais. Porém, cada vez mais, isso está diminuindo em meio a sinais nascentes de normalização da produção na Líbia, Nigéria, Venezuela e em outros países da Opep+. Dessa forma, as sanções e os riscos geopolíticos são as principais ameaças para os preços”, analisa em relatório enviado a clientes.