O petróleo WTI para outubro, contrato mais líquido, fechou em queda de 0,09% (US$ 0,08), a US$ 90,36 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent, na Intercontinental Exchange (ICE), para o mesmo mês caiu 0,25% (US$ 0,24), a US$ 96,48 o barril.
O óleo passou a cair mais de 3%, após sinais de avanços em conversas para a retomada do acordo nuclear de potências econômicas com o Irã. Os países signatários do acordo com o Irã sobre política nuclear podem realizar uma reunião “esta semana” para reviver esse entendimento, disse na o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell. De acordo com ele, as partes do acordo haviam programado uma reunião em Viena no final da semana passada, mas não foi possível. É possível que ocorra nesta semana.
Por outro lado, o Irã confirmou que ainda não recebeu uma resposta dos Estados Unidos, culpando Washington por sua inação. “O que importa até agora é a procrastinação do lado americano em oferecer uma resposta”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Nasser Kanani a repórteres nesta segunda.
Para Edward Moya da Oanda, o verdadeiro inimigo do petróleo são os medos do crescimento global e eles não vão desaparecer tão cedo. “Além de uma perspectiva de demanda de petróleo enfraquecida, o Irã supostamente cedeu a uma ‘demanda de linha vermelha’ que pode ser um divisor de águas ao reviver o indescritível acordo nuclear. As perspectivas de demanda de petróleo estão sendo afetadas pelos riscos elevados de que a recessão na Europa seja severa e porque várias empresas chinesas estão seguindo os conselhos do governo para economizar energia. O dólar rei também está retornando, o que pode contribuir para um impulso adicional de venda de todas as commodities, especialmente petróleo”, analisa, em relatório enviado a clientes.