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Petróleo fecha em queda, pressionado por dólar forte e aumento de estoques

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Estadão Conteúdos

O petróleo fechou em baixa nesta quarta-feira, após um pregão volátil, pressionado pela valorização do dólar e um aumento dos estoques da commodity energética nos Estados Unidos. Também houve uma continuidade da realização de lucros vista na terça, após cinco sessão consecutivas de ganhos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para novembro caiu 0,61% (+US$ 0,46), a US$ 74,83 o barril, enquanto o Brent para dezembro recuou 0,33% (+US$ 0,26), a US$ 78,09 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os contratos futuros do petróleo ampliaram a queda quando o Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) informou que houve uma alta semanal de 4,578 milhões de barris nos estoques da commodity armazenados no país. O WTI e o Brent voltaram a subir depois disso, mas novamente viraram para o negativo.

“Os preços do petróleo continuaram caindo depois de registrar uma nova alta ao maior nível em três anos, acima de US$ 80 o barril ontem”, comenta o analista-chefe de mercados da CMC, Michael Hewson. “Um aumento surpresa nos últimos números de estoques também ajudou a atrapalhar os preços, enquanto o dólar continua a ganhar força.”

Para o analista de mercado Edward Moya, da Oanda, a tendência de alta do petróleo não deve ter uma pausa prolongada. Um dos motivos, segundo o profissional, é a crise energética global.

“Talvez daqui a alguns anos, a energia solar e a eólica possam ajudar mais, mas a economia global provavelmente exigirá mais petróleo neste inverno do que o mercado de energia esperava”, afirma Moya.

De acordo com ele, os renováveis não compensarão agora a escassez de gás natural que tem afetado diversos países, sobretudo na Europa.

A Rystad Energy, por sua vez, ressalta o crescimento forte da produção de xisto na Argentina nos últimos meses, por meio do projeto Vaca Muerta.

“Esta salto na produção do Vaca Muerta deve elevar a produção nacional de petróleo da Argentina ao nível mais alto em anos, com a competitividade também aumentando em relação às bacias dos Estados Unidos”, afirma a consultoria norueguesa.