Dobramos nosso faturamento em 2020 em relação a 2019. E esperamos dobrar novamente em 2021. A construção civil está muito aquecida, e a perspectiva para esse segundo semestre é muito positiva. Teremos um impacto direto dos leilões de infraestrutura que estão sendo realizados.
Como está o interesse dos investidores nos ativos leiloados?
Os ativos são muito bons, especialmente os rodoviários. São investimentos de qualidade. Há ainda as concessões de rodovias no Paraná, e fomos muito consultados sobre esse processo. Outro ativo muito esperado, há muitos anos, é o Ferrogrão no Centro-Oeste, mas esse ativo tem uma série de fatores envolvidos, como algumas questões ambientais.
Como está o interesse dos investidores estrangeiros nos ativos que serão leiloados?
Os leilões que foram realizados pelo Ministério da Infraestrutura até o momento demonstram o grande interesse das empresas estrangeiras pelos ativos, uma vez que diversos grupos internacionais arremataram ativos brasileiros até agora. A movimentação na busca por estudos de viabilidade e de investimentos é também um indicador de que poderemos ter novos grupos estrangeiros arrematando ativos nacionais.
Como as empresas estão se preparando para realizar o financiamento desses projetos?
A atração de capital estrangeiro será fundamental para o financiamento e desenvolvimento da infraestrutura brasileira. No passado, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) foi o grande financiador desse tipo de operação. Agora, nesse momento, os players do setor procuram novas alternativas de financiamento para continuar atuando. É importante manter a atenção no aumento da entrada de estrangeiros, pois, se esse fator é positivo em relação à competitividade, o País perde protagonismo nos investimentos em infraestrutura.