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Problemas na cadeia de produção global prosseguirão em 2022, afirma IHS Markit

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Estadão Conteúdos

A IHS Markit afirma que os problemas na cadeia de produção global devem perdurar ao longo de 2022. Em comunicado que apresenta relatório sobre o tema, a consultoria qualifica os problemas atuais como “históricos” e diz que o grande foco atual na trajetória da inflação dá ainda mais urgência em compreender o que se pode esperar das cadeias globais neste ano.

A covid-19 tem sido um fator importante nesses problemas, com a variante Ômicron criando novas incertezas, segundo a IHS Markit. O vírus não é, porém, o único fator. “Desafios substanciais em capacidade, logística e trabalho também existem para além da pandemia.”

Economista-chefe da consultoria, Chris Williamson aponta que, no setor industrial, os prazos de entrega se alongaram de modo significativo em 2021, e em janeiro de 2022 muitas companhias já reportam dificuldades na produção, custos subindo mais e a Ômicron como nova incerteza.

Diante dessas dificuldades, a IHS Markit tem cortado suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) global neste ano, esperando agora crescimento de 4,2% para 2022. Em meados de 2021 ela previa 4,5%, mas diz que a redução foi feita em grande medida por causa da inflação mais persistente que o antecipado.

Entre outros setores também analisados, a IHS Markit cita o aumento dos preços de petróleo, carvão e gás natural, diante da forte demanda com a retomada econômica. Isso alimenta a inflação e riscos geopolíticos que podem causar mais problemas nas cadeias, adverte a consultoria.