Na comparação com outubro, a alta foi de 4,9%, o que leva o total produzido desde o início do ano para 1,12 milhão de motos, um crescimento de 25,9% e o maior volume, entre períodos equivalentes, desde 2015.
Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, a indústria, na contramão da crise, entrou num novo ciclo de crescimento, puxado pela demanda por transporte individual de baixo custo e pelo crescimento dos serviços de entrega (delivery).
A avaliação é de que a produção só não foi maior em razão das medidas de segurança necessárias para evitar a disseminação da covid-19 nas fábricas, principalmente no início do ano, quando, em meio ao colapso do sistema de saúde público em Manaus, a indústria da região teve de reduzir o horário de funcionamento das linhas.
“O maior distanciamento entre os postos de trabalho aumenta o tempo de fabricação. Além disso, devido à segunda onda do coronavírus, em Manaus, deixamos de produzir cerca de 100 mil unidades no primeiro bimestre”, observa Fermanian.
O setor espera encerrar este mês com 1,22 milhão de motocicletas produzidas no ano, com crescimento de 26,8% em relação a 2020. Diante de incertezas locais e relacionadas ao risco de repique da pandemia a partir das mutações do vírus, a Abraciclo evita traçar no momento suas perspectivas ao próximo ano, embora adiante que a tendência seja de aceleração nos volumes do setor.
“A falta de previsibilidade é uma grande preocupação. A chegada da variante Ômicron contaminou os mercados globais com pessimismo e, no Brasil, temos diversas incertezas no cenário político-econômico. Algumas medidas podem impactar negativamente o desempenho do setor”, avalia o presidente da entidade.