“O que caiu foi energia, que é sazonal. Vai ter um aumento de preço nas tarifas, e não sabemos como a bandeira vai se comportar. Em Alimentação, não há sinais de queda, e os combustíveis também devem subir porque estão defasados”, explica.
O resultado do IPC em maio veio abaixo da previsão da Fipe, de 0,50%, e da mediana do Projeções Broadcast, de 0,55%. Moreira atribui a surpresa a Alimentação (1,56% para 1,15%), puxada pelos produtos in natura (-2,35% para -3,13%), e a Transportes, com alívio em gasolina (1,34% para 0,60%) e etanol (5,78% para 0,47%). Na ponta, os combustíveis registram deflação de 1,18% e de 8,11%, respectivamente.
“Alimentação arrefeceu porque os in natura estão devolvendo um pouco, mas ainda há muita pressão nos industrializados 2,59% para 2,41%”, pondera o coordenador.
Item que registrou sucessivos aumentos desde 2020, o automóvel usado (2,54% para 1,56%) cai 1,34% na ponta do IPC. Segundo Moreira, este é o primeiro recuo durante a pandemia. A leitura de maio também marcou um alívio na difusão do indicador, a 73,43%, após registrar 78,62% em abril.