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Queda de juros à vista?

Por
Marcel Lima

O colapso do banco regional americano Silicon Valley Bank (SVB) e as dúvidas em torno dos problemas de outros bancos regionais têm reacendido os riscos de uma recessão mais dura nos EUA e mudado as perspectivas para a política monetária do Federal Reserve (Fed).

Muitos investidores agora acreditam que o ciclo de alta de juros chegou ao fim, e alguns até acreditam em um corte nas taxas já na próxima semana.

O rendimento da T-note de dois anos caiu significativamente e, na segunda-feira (12), chegou a 3,98%, na maior queda diária desde 1987.

Se, até sexta-feira, boa parte dos agentes mostrava divisão entre uma alta de 0,25 ponto ou um aumento de 0,5 ponto nos juros americanos na semana que vem, agora cada vez mais instituições financeiras têm migrado para a possibilidade de manutenção das taxas na próxima decisão de política monetária do Fed.

Segundo o jornal Valor Econômico, o economista-chefe para EUA do banco britânico NatWest, Kevin Cummins, acredita que o Fed “dará mais ênfase aos riscos à estabilidade financeira do que ao resultado da inflação de fevereiro”.

Ele acredita que o ciclo de aperto monetário do Fed chegou ao fim.

No Brasil, a recente quebra do banco de investimento SVB levanta dúvidas sobre seus possíveis impactos nas decisões de política monetária no país, como uma antecipação da queda da taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano.

Segundo o jornal InfoMoney, o especialista em renda fixa Ricardo Jorge destaca que a economia americana é o principal motor do mundo, e qualquer política monetária adotada nos EUA terá efeitos sobre outras economias.

Uma política monetária mais frouxa nos EUA pode influenciar o Brasil a seguir o mesmo caminho, mas questões internas podem ter mais peso do que os eventos externos.

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