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Reino Unido anuncia alta do salário mínimo e manutenção de subsídio em energia

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Estadão Conteúdos

Após anunciar uma série de ajustes que aumentaram a carga tributária a cidadãos e empresas no Reino Unido, o ministro de Finanças do país, Jeremy Hunt, revelou que o governo vai elevar o salário mínimo em 9,7% e manter os gastos bilionários previstos para subsidiar gastos energéticos da população. “Usaremos a política fiscal para apoiar a economia”, declarou.

Segundo Hunt, o salário mínimo a partir do ano que vem será de 10,42 libras por hora trabalhada, enquanto o subsídio às contas de energia será mantido em 55 bilhões de libras para o período do próximo inverno no Hemisfério Norte. No entanto, o teto para o subsídio será de até 3 mil libras por domicilio, para os 12 meses posteriores após o término do suporte de inverno.

Hunt ainda disse que o governo planeja reduzir o consumo de energia da indústria em 15% até 2030, além de investir 6,6 bilhões de libras em eficiência energética para atingir os objetivos. Por fim, Downing Street vai retirar tarifas de importação de mais de 100 produtos, anunciou o ministro, durante discurso no Parlamento britânico.

Elogios ao BoE

O ministro de Finanças do Reino Unido elogiou o “excepcional” trabalho do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) e reiterou seu apoio à entidade no combate à inflação no país, durante discurso no Parlamento britânico, onde anunciou novos planos fiscais do governo do primeiro-ministro Rishi Sunak.

De acordo com ele, é importante que a política fiscal “trabalhe junto” e “ande lado a lado” com as decisões monetária do BOE.

As falas do ministro vêm após um período de atritos entre a autoridade monetária e o governo do Reino Unido, sob comando da ex-premiê Liz Truss. Á época, questionamentos sobre a independência do BoE emergiram em Downing Street.

Hunt avaliou que as principais causas para a elevada inflação no Reino Unido são fatores globais, em especial a invasão da Rússia à Ucrânia, que elevou preços de energia no mundo todo.