A origem do problema está na escassez global de semicondutores. Praticamente sete em cada dez fabricantes que produzem aparelhos com chips enfrentam dificuldades para importar o componente.
A exemplo do que acontece nas montadoras de veículos, a crise dos semicondutores se tornou o maior gargalo na indústria de aparelhos eletrônicos. Mas esta não é a única dificuldade, já que o setor também aponta entraves logísticos, com aumento nos fretes, atrasos no transporte marítimo e dificuldades para reservar contêineres, bem como custos mais altos no armazenamento de cargas em galpão.
Em relação aos preços de componentes e matérias-primas, que também refletem o câmbio mais caro, oito em cada dez empresas citam inflação acima do normal. Até dois anos atrás, apenas 21% dos fabricantes de eletroeletrônicos reclamavam da alta nos preços dos materiais.
Porém, mesmo diante de gargalos persistentes, subiu de 65% para 69%, em um mês, o porcentual de fabricantes de eletroeletrônicos que esperam por crescimento das vendas no ano que vem, com um número ainda maior (76% das empresas consultadas) disposto a contratar novos funcionários em 2022.