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Tesouro: custo médio de emissão da dívida está mais alto por condições de mercado

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Estadão Conteúdos

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Luís Felipe Vital, afirmou nesta quarta-feira (27) que o custo médio de emissão da dívida está mais alto por condições de mercado. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 9,86% ao ano em maio para 10,90% ao ano em junho.

Vital ainda afirmou que o colchão de liquidez do Tesouro é suficiente para 9,75 meses de vencimentos da dívida. A reserva registrou um aumento nominal de 10,23%, passando de R$ 1,108 trilhão em maio, para R$ 1,221 trilhão em junho. Em relação a junho do ano passado, houve aumento, em termos nominais, de 4,66%.

Aversão ao risco

Luís Felipe Vital, afirmou, ainda, que a aversão ao risco foi a principal característica do mercado em junho. Segundo ele, o debate fiscal sobre a chamada PEC “Kamizake” piorou a percepção de risco no mercado doméstico. “Houve aumento de taxas ao longo do mês de junho. O volume de emissões em junho foi pequeno e concentrado em prefixados. O aumento na parcela cambial se deve à valorização do dólar em junho”, disse.

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional também disse que o governo não vislumbra mudanças na estratégia de financiamento em função das condições de mercado.

Segundo Vital, o colchão de liquidez encontra-se em nível acima do planejado mesmo com emissões menores. Ele ainda declarou que a cobertura do déficit exigiu menos recursos da reserva de liquidez em 2022.

“O resultado do BC veio acima do planejamento em 2022. Tivemos R$ 47 bilhões a mais em desvinculação de fundos públicos a mais em 2022. Ainda tivemos R$ 19 bilhões a mais em dividendos do que o planejado em 2022”, disse.