A Stone está à venda?
Definitivamente, a informação não procede. O banco mencionado nesses rumores (JP Morgan) é nosso parceiro de longa data, e o escritório de advogados (Galdino & Coelho) trabalha em uma causa específica de um cliente, sem qualquer relação com o que foi ventilado.
Qual foi o erro da Stone na concessão de crédito?
O principal fator de risco que considerávamos era o da materialização das garantias oferecidas pelos clientes – os recebíveis das vendas futuras de cartão. A pandemia e as medidas de distanciamento pressionaram os lojistas, que passaram a buscar formas de não honrar seus empréstimos. Além disso, o sistema de registro de recebíveis apresentou inúmeras falhas que permitiram essa fuga de garantias. Decidimos paralisar a operação de crédito em julho e refazer o produto.
A empresa passará a ser mais seletiva?
Retomaremos em breve. Complementaremos os recebíveis de cartão com outras formas de garantia do lojista e seus sócios. Com as mais de 100 mil operações que fizemos, aprendemos a distinguir melhor bons de maus pagadores. A velocidade também será outra: avançaremos de forma mais gradual.
O mercado está subavaliando a Stone?
Há um fator exógeno à companhia: o aumento da taxa de juros, que afeta o valor de mercado de todos os ativos da economia. O efeito do aumento da taxa de juros é maior para empresas de crescimento, cujos fluxos de caixa se materializarão no futuro, como a Stone.
A Tag está à venda?
A Tag é um investimento que afirma nosso compromisso com o sistema de registro, de que é possível expandir e baratear o crédito. A empresa está operacional há oito meses e temos visto relevante evolução nos últimos meses. A Tag não está à venda. Não sendo nosso core business (negócio principal), poderemos avaliar eventuais parcerias no futuro.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.