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Thiago Piau: ‘A Stone, definitivamente, não está à venda’

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Estadão Conteúdos

Apesar de ter perdido quase 85% de seu valor de mercado em um ano, a credenciadora Stone “definitivamente” não está à venda, afirma o presidente da empresa, Thiago Piau. Ele admite, porém, que a empresa pode avaliar parcerias na registradora Tag, como antecipou a Coluna do Broadcast. Piau comentou ainda os desafios, como a queda livre da Stone na Bolsa – hoje, a empresa vale R$ 17 bilhões na Nasdaq, ante R$ 134 bilhões no início de 2021.

A Stone está à venda?

Definitivamente, a informação não procede. O banco mencionado nesses rumores (JP Morgan) é nosso parceiro de longa data, e o escritório de advogados (Galdino & Coelho) trabalha em uma causa específica de um cliente, sem qualquer relação com o que foi ventilado.

Qual foi o erro da Stone na concessão de crédito?

O principal fator de risco que considerávamos era o da materialização das garantias oferecidas pelos clientes – os recebíveis das vendas futuras de cartão. A pandemia e as medidas de distanciamento pressionaram os lojistas, que passaram a buscar formas de não honrar seus empréstimos. Além disso, o sistema de registro de recebíveis apresentou inúmeras falhas que permitiram essa fuga de garantias. Decidimos paralisar a operação de crédito em julho e refazer o produto.

A empresa passará a ser mais seletiva?

Retomaremos em breve. Complementaremos os recebíveis de cartão com outras formas de garantia do lojista e seus sócios. Com as mais de 100 mil operações que fizemos, aprendemos a distinguir melhor bons de maus pagadores. A velocidade também será outra: avançaremos de forma mais gradual.

O mercado está subavaliando a Stone?

Há um fator exógeno à companhia: o aumento da taxa de juros, que afeta o valor de mercado de todos os ativos da economia. O efeito do aumento da taxa de juros é maior para empresas de crescimento, cujos fluxos de caixa se materializarão no futuro, como a Stone.

A Tag está à venda?

A Tag é um investimento que afirma nosso compromisso com o sistema de registro, de que é possível expandir e baratear o crédito. A empresa está operacional há oito meses e temos visto relevante evolução nos últimos meses. A Tag não está à venda. Não sendo nosso core business (negócio principal), poderemos avaliar eventuais parcerias no futuro.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.