“Tecnicamente, o Brasil está hoje em estagflação … A gente não cresce e a inflação está muito alta”, comentou o CEO da Trevisan Escola de Negócios, que, durante o programa, se colocou ao lado de colegas que preveem retração de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem.
Após citar que o País apresenta há quatro décadas um modesto ritmo de crescimento anual de 1,2%, na média, VanDyck lembrou que, mesmo após o fim da hiperinflação com o Plano Real, a economia sofre com picos inflacionários. “Nos últimos dois anos, a inflação tem saído dos eixos.”
Diante da revisão do teto dos gastos em curso no Congresso, como forma de abrir espaço a mais gastos públicos no ano que vem, VanDyck considera que o Brasil precisará segurar a inflação com uma “arma atômica”. A referência é ao aumento da taxa básica de juros (Selic) para a casa, em suas previsões, de 12%, cuja consequência é um esfriamento da atividade econômica. “A gente vai ter os maiores juros reais do mundo”, assinalou o economista durante a live.