No acumulado dos primeiros quatro meses de 2022, as vendas de materiais encolheram 9,3% em relação ao mesmo período de 2021. E, no acumulado dos últimos 12 meses até abril, houve baixa de 1,6%.
Apesar dos recuos, a Abramat manteve a previsão de crescimento de 1% nas vendas da indústria de materiais em 2022.
O presidente da associação, Rodrigo Navarro, afirmou em nota que a queda reflete a base de comparação mais elevada do primeiro semestre de 2021, quando das vendas de materiais estavam mais aquecidas, principalmente no varejo.
Navarro afirmou que a demanda de materiais pelas construtoras deverá se manter aquecida, pois há muitas obras residenciais em andamento, que se iniciaram no ano passado e seguirão ativas neste ano.
Por outro lado, disse haver alguma incerteza sobre a manutenção da demanda dos consumidores finais, devido à tendência de direcionamento dos gastos para outros produtos e serviços que tiveram fortes restrições na pandemia (eventos e viagens, por exemplo).
O presidente da Abramat também citou preocupação com a inflação geral, alta de juros e outros fatores que geram insegurança para investimentos em construção.