O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do grupo de produtos e serviços de saúde somou R$ 164,018 milhões no trimestre, alta anual de 88,4%. No critério ajustado, a empresa registrou avanço de 55,2%, para R$ 167,323 milhões.
A margem Ebitda ficou em 8,6%, com aumento de 2,8 pontos porcentuais (p.p.), enquanto a margem ajustada fechou o trimestre em 8,8%, com alta de 1,5 p.p.
A receita líquida totalizou R$ 1,899 bilhão no primeiro trimestre, um crescimento de 27,9% ante o mesmo período do ano passado.
A empresa encerrou o mês de março com dívida líquida de R$ 381,2 milhões, revertendo o caixa líquido de R$ 72,5 milhões ao final do quarto trimestre do ano passado.
A companhia registrou aumento de 26,3% nas despesas gerais e administrativas, atingindo R$ 174,790 milhões, ao mesmo tempo que teve aumento de 25% nos custos, para R$ 1,601 bilhão.
Perspectiva
Segundo Leonardo Byrro, CEO da Viveo, apesar do aumento geral de custos, a empresa conseguiu manter o crescimento devido ao modelo diversificado de negócios, já que trabalha com quatro verticais: hospitais e clínicas, laboratórios, varejo e serviços.
“Mesmo em momentos de pressão inflacionária sobre os insumos e de juros mais altos, a estratégia de expansão do ecossistema e crescimento orgânico alinhado ao inorgânico nos ajuda a mitigar o impacto dessas questões e continuar crescendo na direção que gostaríamos”, afirma ao Broadcast.
Ele aponta que, apesar de o setor de saúde ter sido mais penalizado nos últimos meses, com o aumento da sinistralidade para as operadoras e compressão das margens para as prestadoras de serviços, a perspectiva ainda é positiva e a empresa continuará a crescer.
“Os fundamentos de valor do longo prazo se mantêm intactos: envelhecimento da população, aumento de doenças crônicas e mais necessidade de atendimento. A saúde ganhou ainda mais relevância e continuamos tendo uma ótima visão de crescimento. Óbvio que o curto prazo traz alguns desafios, mas o fato de sermos diversificados nos ajuda, quando algum canal não performa bem”, destaca.
Segundo ele, os meses de janeiro e fevereiro apresentaram dificuldades para o segmento, por conta da disseminação da variante Ômicron, mas que março indicou ventos favoráveis para o restante do ano. “Janeiro e fevereiro foram mais difíceis, devido à Ômicron, que travou o crescimento do setor, mas março foi positivo e foi um sinal para o restante deste ano. A demanda (por saúde) continua aí”.