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5G em São Paulo: Veja as regiões em que o sinal terá melhor desempenho

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Estadão Conteúdos

Com o aval dado na terça-feira pelo grupo de trabalho da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que acompanha a limpeza de faixas para ativação do 5G no Brasil, a cidade de São Paulo deve ter a tecnologia de internet móvel de quinta geração ativada a partir de amanhã. A informação foi antecipada pelo Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Segundo a Anatel, a maior concentração de antenas está no centro histórico da cidade, na região da Avenida Paulista e no Itaim Bibi. Já os bairros da Aclimação, da Mooca e do Brás, por exemplo, terão uma cobertura menor do serviço no início do processo.

A ativação da tecnologia nas capitais estava originalmente prevista para ocorrer até 31 de julho, mas o prazo foi prorrogado por mais 60 dias – possibilidade que já estava prevista no edital do 5G – em razão da escassez de equipamentos importados da China, necessários para barrar interferências no 5G de outros sinais de telecomunicação.

A faixa pela qual vai transitar a internet de quinta geração é ocupada hoje pelo sinal de TV por antenas parabólicas. O processo de limpeza, feito pelo Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi), consiste em migrar o sinal das parabólicas da banda C para a banda KU.

Técnicos passaram os últimos dias nas ruas instalando filtros nos equipamentos e testando se esse “desvio” no sinal funciona corretamente.

Cobertura nacional

A capital paulista será a quinta cidade a receber o sinal do 5G no País, precedida de Brasília – que marcou a estreia da tecnologia, no dia 6 de julho -, João Pessoa, Porto Alegre e Belo Horizonte.

Pelas regras estabelecidas no edital do leilão do 5G, realizado no ano passado, as operadoras precisariam instalar uma antena a cada 100 mil habitantes no início das operações. Dessa forma, TIM, Claro e Vivo deveriam ativar 462 estações até o fim de setembro em São Paulo.

De acordo com a Anatel, até ontem a agência já havia recebido 1.378 pedidos de licenciamento na faixa de 3,5 GHz, quase o triplo do total de antenas que deverão ser instaladas na capital paulista até o fim do ano. O número representa cerca de 30% do total de estações atualmente ativas (4.592) em São Paulo.

Dessa forma, o Gaispi estima uma cobertura 5G em 25% da área urbana de São Paulo inicialmente. A proporção é menor porque a propagação na faixa de 3,5 GHz tem menos alcance, explica o órgão regulador.

Cronograma

A previsão agora é de que todas as capitais tenham o 5G ativado até o fim de setembro. Na semana passada, no entanto, o conselheiro Moisés Moreira, que preside o Gaispi, afirmou que existe a expectativa de que o trabalho de limpeza das faixas seja concluído até o fim de agosto em todas as capitais.

Caso isso ocorra, as operadoras ainda teriam até o fim de setembro para realizar a ativação do sinal, conforme a nova previsão, mas isso também poderia acontecer antes, imediatamente após as faixas serem liberadas pelo Gaispi.

Até agora, nas cidades onde o sinal do 5G já foi autorizado, as teles ligaram a tecnologia em dois dias após o grupo de trabalho da Anatel dar o aval para a operação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.