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Magalu entra na disputa por fatia no mercado de bem-estar sexual

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Estadão Conteúdos

O setor de bem-estar sexual entrou de vez para o radar dos marketplaces. O nicho, que inclui produtos como cosméticos e brinquedos, chamou a atenção também do Magazine Luiza, que anunciou, em outubro, o lançamento de uma categoria para o segmento.

A estimativa é de que, até 2026, o setor de produtos eróticos movimente US$ 125 bilhões no mundo, segundo a consultoria KBV. Os marketplaces acompanham o movimento. Em abril, a Amaro fez parcerias com empreendedores para vender esses produtos, que já representam 9% das vendas da Amaro no segmento de beleza.

De acordo com Mariana Castriota, gerente de marketplace do Magalu, a categoria faz parte da estratégia “Tem na Magalu”, na qual o cliente pode encontrar tudo o que precisa. Géis lubrificantes, vibradores e brinquedos são alguns produtos que podem ser comercializados no marketplace.

A Magalu agregou mais de 50 marcas entre sextechs (startups de sexo) e pequenos empreendedores, como Dona Coelha, Lilit e Sophie Sensual Feelings. “Temos a compreensão de que produtos de bem-estar sexual vão além de satisfazer fantasias eróticas, e podem melhorar a qualidade de vida das pessoas, especialmente das mulheres”, diz Mariana.

Além do básico

Para vencer o preconceito com o segmento, pensar nas embalagens foi uma preocupação da publicitária Christiane Marcello ao criar a marca de cosméticos sexuais Sophie Sensual Feelings. Com estética minimalista, a ideia é fugir do visual do erotismo que impera no mercado das sexshops e fazer os cosméticos parecerem produtos do dia a dia. “A mulher pode deixar o produto do lado da cama e ninguém vai falar: Nossa, o que ela está usando?”, diz Christiane, que criou o negócio em 2017 com o filho, Bruno.

Em outubro deste ano, mãe e filho participaram do programa Shark Tank, do canal Sony, em que competiram por apoio de investidores-anjo. A Sophie conseguiu aporte da empresária Carol Paiffer, da ATOM, e da investidora-anjo Camila Farani, colunista do Estadão.

Já a Pantynova, criada em 2018 pela artista plástica Heloísa Etelvina e pela designer Izabela Starling, tem foco em uma demanda da comunidade LGBTQIA+. As empreendedoras criaram dildos, vibradores e outros produtos inspirados na natureza, diferentes dos modelos de borracha e de sexshops. “Queríamos algo mais divertido, e não intimidador”, conta Izabela.

Além de direcionar seus produtos para a diversidade de gênero, a Pantynova é administrada por uma equipe 100% LGBTQIA+. Hoje, a empresa faz parte do programa acelerador Scale-up, da Endeavor. Para Izabela, o próximo passo é ir para as lojas físicas das revendedoras, dividindo espaço com eletrônicos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.