O economista Alexandre Almeida, da CM Capital Markets, diz que o mercado ajusta-se em baixa após alta de mais de 2% na semana passada, mas tende a ficar volátil ao longo do dia, em meio à piora da inflação projetada na pesquisa Focus e os sinais mistos da moeda americana frente divisas emergentes e ligadas a commodities no exterior. Há pouco, o dólar desacelerou a alta frente o peso mexicano.
O IPCA de 2022 na Focus ficou acima do teto da meta de inflação e com a Selic superando 11%, a 11,25% em 2022, comenta, ressaltando que a CM Capital Markets espera Selic em 14% no fim de 2022.
Segundo Almeida, os investidores operam em compasso de espera pelo IPCA-15 na quinta-feira e os dados do Caged, na sexta-feira, além da ata do Federal Reserve, segunda leitura do PIB americano do terceiro trimestre e o PCE dos EUA, todos na quarta-feira, antes do feriado de Ação de Graças nos EUA na quinta-feira.
O dólar já testou viés de alta pontual puxado pela alta dos juros dos Treasuries hoje, após alguns dirigentes do Fed defenderem uma aceleração na velocidade do tapering – como é conhecida a finalização gradual das compras de ativos – e da alta de juros no país, que podem ser discutidos na reunião de dezembro, afirma o profissional. Aqui, segundo ele, o mercado segue atento ao andamento da PEC dos precatórios no Senado.