O FMI continua esperando um crescimento robusto dos EUA, com a inflação provavelmente se moderando no final deste ano. As taxas de juros devem aumentar e a história mostra que os efeitos para os mercados emergentes são provavelmente benignos se o aperto for gradual, bem telegrafado e em resposta a um fortalecimento na recuperação, avalia. As moedas de mercados emergentes ainda podem se depreciar, mas a demanda estrangeira iria compensar o impacto do aumento dos custos de financiamento, aponta o Fundo. Por outro lado, aumentos mais rápidos nos juros poderiam sacudir os mercados e apertar as condições no mundo, desenvolvimentos que podem vir com uma desaceleração da demanda e do comércio dos EUA, e podem levar a saídas de capital e depreciação da moeda em mercados emergentes, alerta.
Em resposta às condições de financiamento mais restritivas, os emergentes devem adaptar a resposta com base em suas
circunstâncias e vulnerabilidades, aponta o FMI. Aqueles com credibilidade para conter a inflação podem apertar a política monetária de forma mais gradual, enquanto outros com inflação mais forte ou instituições mais fracas devem agir de forma rápida e abrangente, avalia. Em ambos os casos, as respostas devem incluir a depreciação das moedas e o aumento dos juros de referência, afirma o relatório.
Tais ações podem representar escolhas difíceis enquanto tentam apoiar uma economia doméstica fraca. Da mesma forma, estender o apoio às empresas além das medidas existentes pode aumentar riscos de crédito e enfraquece a saúde a longo prazo das instituições financeiras, atrasando o reconhecimento de perdas, alerta o FMI, lembrando que reverter as medidas pode restringir ainda mais as condições, enfraquecendo a recuperação.
Para os BCs conterem as pressões inflacionárias, uma comunicação clara e consistente dos planos pode melhorar a compreensão do público da necessidade de buscar a estabilidade de preços, enquanto países com altos níveis de endividamento em moedas estrangeiras devem procurar reduzir esses descasamentos e proteger suas exposições, afirma o FMI. Países altamente endividados também podem precisar iniciar o ajuste fiscal mais cedo e mais rápido, avalia o Fundo. O apoio contínuo para as empresas deve ser revisado e os planos para normalizar esse suporte deve ser calibrado com cuidado para a perspectiva e para preservar a estabilidade, afirma.