“No curto e mesmo no médio prazo, o Brasil não tem mostrado capacidade de crescimento sustentável, e isso impacta as previsões para o fiscal. Com juros maiores e crescimento menor, a trajetória da dívida tende a ir para outro nível. O debate passa por qual taxa de crescimento o Brasil pode ou deveria ter, e as reformas necessárias para se obter isso”, afirmou Campos Neto, em participação na Conferência Anual Latino-Americana do Santander.
Agenda de inovação
O presidente do Banco Central disse ainda que a instituição vai atualizar a agenda de inovação, pensando nos próximos anos e em mais funcionalidades que podem ser integradas ao Pix.
Segundo ele, o BC estuda como essas inovações podem ser integradas com a moeda digital em estudo pela instituição.
“A agenda de inovação é contínua, pensando nas novas gerações e no que a intermediação financeira pode ser no futuro”, afirmou Campos Neto, citando inclusive o metaverso – que pretende ser uma ponte entre mundos digitais e o mundo real por meio de realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA). “Finalmente aprovamos novo marco cambial, vamos trabalhar agora na regulação”, disse. “E buscamos com Ministério do Meio Ambiente para anunciar novidades em agenda de sustentabilidade. Temas como taxonomia e mercado de carbono são importantes”, completou.