Dentre as razões para a queda do lucro líquido, a companhia elenca o “impacto do aumento das despesas financeiras (maior nível de endividamento e taxas de juros)”. Em 2021 o lucro líquido ajustado totalizou R$ 2,4 bilhões, queda de 13% em relação a 2020.
Na linha do Ebitda ajustado, a empresa afirma que o resultado se deveu à combinação do bom desempenho das lojas do Atacadão e da continuidade da tendência de recuperação do Banco Carrefour.
“Isso mais do que compensou o desempenho da divisão Varejo, que foi negativamente impactada pelo segmento não alimentar”, escreveu a companhia em seu documento de balanço. A divisão de varejo melhorou a tendência dos trimestres anteriores, com alta de 1,5% no faturamento do segmento alimentar. No entanto, o segmento não alimentício teve queda de 23%. Assim, houve queda de 3,4% nas vendas brutas totais do varejo, o que puxou o resultado consolidado da companhia para baixo.
Para o CFO do Grupo Carrefour Brasil, David Murciano, a evolução das vendas do segmento não-alimentar no e-commerce foi “uma decepção”. “Temos de avançar muito mais. No segmento alimentar temos um crescimento muito grande (146,5% de alta no GMV no quarto trimestre, ante o mesmo período de 2020) O não alimentar tem de acompanhar. Ele é parte do ecossistema e é muito importante porque o cliente quer o todo. É também uma oportunidade de entregar os produtos do banco”, avalia.
Ele deixa claro que o grupo não pretende abandonar a categoria e que vê vantagens em continuar com produtos não alimentares tanto no digital como no comércio físico, na proposta dos hipermercados.