“Temos que nos preparar para, se por ventura, esse conflito lá longe continuar… (o preço do petróleo) está em torno de US$ 115 o barril, se aumentar vamos ter reflexos aqui dentro. Aí entra a equipe do Paulo Guedes”, comentou com jornalistas ao sair de um evento para “filiação em massa” de pré-candidatos a deputados federais do PL, em Brasília. “Numa emergência temporal, até que (o preço) se restabeleça lá fora, o governo (pode) dar uma ajuda pro lado de cá. Mas isso passa pela palavra final do ministro da Economia”, enfatizou.
Quando questionado sobre de onde sairiam os recursos para um possível subsídio, Bolsonaro lembrou que o país ainda vive num momento de pandemia. “Quando começamos lá atrás a pagar o auxílio emergencial de R$ 600, o endividamento mensal nosso era da casa dos R$ 50 bilhões. Se tiver que subsidiar isso daí (combustíveis), pode ter certeza que vai equivaler a 5% desse valor”, calculou.
O presidente disse que o ideal seria não ter de gastar recursos públicos com subsídio. “Mas se preciso for, para a economia do Brasil aqui não parar, não travar, nós preferimos. O Paulo Guedes vai preferir uma medida como essa ou uma alternativa equivalente”, cogitou. Bolsonaro evitou dar um prazo para que essa medida pudesse ser colocada em prática. “Não dá para falar um ‘se’. Estamos pensando sempre no pior, para não sermos surpreendidos. Talvez fale com ele (Guedes) hoje se for necessário”, disse. “A gente tem que buscar estar preparado e se antecipar aos problemas.”