As últimas semanas têm sido de surpresas nas principais economias mundo afora. Nos EUA o banco central americano deu sinais mais duros de que não deve ser tão leniente com o aumento de preços e que pretende dar fim a escalada da inflação. Na China, o partido comunista deu sinais claros de que pretende retomar o crescimento econômico que experimentou nas últimas décadas e os estímulos devem voltar.
O impacto da sinalização de mudança de rumo na condução da política econômica das duas principais potências mundiais têm efeitos importantes. Soma-se a isso o efeito da invasão Russa na Ucrânia que tem elevado o preço das commodities de maneira muito agressiva e provocado alteração no preço dos principais ativos.
Do lado americano o impacto é mais direto e apesar de parecer contraintuitivo, era o que os mercados esperavam. Com a sinalização de que será necessário subir os juros mais rápido o FED retoma as rédeas da economia e da o sinal que os investidores esperavam de que a inflação não entrará em inércia, fenômeno muito conhecido pelos países sul-americanos e que esteve ao lado de nós brasileiros por décadas.
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Já no lado chinês, o sinal enviado foi exatamente o oposto. Ao contrário da aparente “freada” na economia americana, o BC chinês deixou claro que pretende voltar a estimular o setor imobiliário (principal setor da economia chinesa). Usando da mesma mola propulsora de sempre, o dinheiro público, a China pretende acelerar sua economia em direção ao que viveu nos últimos anos antes da pandemia. Era de se esperar que com o fim da olimpíada de inverno os estímulos voltassem, e chegaram em um momento importante.
A soma de todos esses vetores dá sinais de que podemos estar próximos do fim desse curtíssimo “bear market” (mercado em baixa) nas principais bolsas mundiais. O preço das commodities em alta por conta da guerra e do reaquecimento da economia chinesa traz efeitos muito importantes para o nosso Brasil e se não nos embolarmos com a eleição que está por vir podemos ter uma janela de crescimento importante nos próximos 12 meses.
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Como na maior parte da nossa história, o controle do nosso futuro está nas nossas mãos.